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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Aprendendo a ouvir os Deuses

Aprendendo a ouvir os Deuses
Escrito por Mavesper Cy Ceridwen

Aprender a ouvir os Deuses Antigos é uma das principais bases da prática wiccaniana, e disso depende o início de uma prática realmente eficaz.
Mas que seria esse ouvir os Deuses? Seria desenvolver dons de clariaudiência ouvindo vozes em concreto, com conselhos, instruções etc?
Olha, pode até ser que em determinadas ocasiões os Deuses sejam assim tão diretos, já vi isso acontecer. Mas normalmente o que se chama “ouvir os Deuses” se traduz em uma conexão profunda, que inclui inspirações, insights, conhecimento que vem de um lugar que você nem sabia que existia. Vem na forma de certezas, vem como intuição. Pode também vir na várias formas da Visão (definida esta como qualquer maneira de obter conhecimento que esteja além dos 5 sentidos).

Mas creio que, acima de tudo, aprender a ouvir os Deuses tem a ver com observar a própria vida. O que vem acontecendo com você? Que questionamentos as pessoas que te cercam vem colocando? Como as “coincidências” trazem de volta a sua vida determinas circunstâncias ou pessoas ou como as afastam? Que recado os Deuses estão dando a você com a sua própria vida? Fazer essa pergunta e aprender a respondê-la é a chave maior da percepção do que os Deuses Antigos esperam de você. Mas há que se ter cuidados nesse Caminho.

As armadilhas são muitas, porque as pessoas de ego mais fraco terão a tendência de se auto-justificar nas coisas mais absurdas alegando que “os Deuses mandaram fazer isso ou aquilo”. Isso é idêntico a atribuir a anjinhos ou diabinhos as circunstâncias da sua vida. Isso não é pagão. Auto- ilusão é o nome dessa armadilha.

Muitas vezes já escutei o questionamento: “Como você sabe que o que os Deuses dizem a você é o correto?” ou ainda “Por que quando você escuta os Deuses acha que esta certa e quando eu dou minha versão acha que estou errada?”

Há parâmetros muito simples para identificar a autenticidade de uma comunicação ou inspiração dos Deuses. Se o que alegadamente foi inspirado só leva a pessoa a manter atitudes auto-destrutivas, a faz perpetuar os mesmos erros e só leva em conta suas conveniências pessoais, obviamente a única “divindade” que ali esta se manifestando é o próprio umbigo da criatura... Os Deuses não indicam jamais o caminho mais fácil, o mais cômodo, nem o mais “cor de rosa”. Os Deuses indicam caminhos de desafios, complexidades, dificuldades, caminhos que levarão você a desafiar seus limites, crescer e amadurecer.

É por esses parâmetros que você deve julgar se já ouve ou não a voz dos Deuses. Se essas vozes indicam a você um caminho que leva ao ócio, a auto-celebração da mesmice e a um caminho de sacerdócio “confortável” e sem desafios, então você esta somente endeusando sua própria vontade e cedendo a impulsos internos de não crescer.

O Iniciado, o Desperto, sabe que a voz dos Deuses, embora algumas vezes seja sim bem “cor de rosa”, nunca vai nos levar à mesmice nem à estagnação. Nesse ponto é que a prática em grupos é muito importante: nos grupos os demais membros são guardiões da sua prática e testemunhas da sua vida, para você mesmo não se deixar cair nas armadilhas das facilidades. O mesmo papel tem um Iniciador.

Quem caminha só tem que ter redobrados cuidados para não fazer da sua voz e da voz de suas fraquezas uma pretensa voz dos Deuses.

1 comentários:

Melody Mel disse...

Adorei o texto. Foi uma resposta para alguns questionamentos meus. Com certeza são os Deuses falando comigo.
Bjusss