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terça-feira, 5 de agosto de 2008

O MITO DA RODA DO ANO

Os rituais e atributos dos oito Sabbath´s são derivados do mito da Roda do Ano.

Milhares de anos atrás, a humanidade considerava a Grande Mãe como a origem de toda a criação. Considerada como uma figura complexa, andrógina por se autofertilizar, ela tanto criava a vida como era a própria vida. Com o passar do tempo surgiu a figura de Deus como filho e consorte, gerado pela Deusa e, ao tornar-se adulto, unindo-se a ela, morrendo e renascendo como em um ciclo interminável.

Essa idéia pode ser melhor compreendida ao se observar a trajetória anual do Sol, que “desaparece” no inverno e “renasce” no verão. Dessa forma, podemos considerar o sol como uma representação dos processos de morte e renascimento e esse ciclo permanente como a personificação do relacionamento da Deusa - o eterno princípio da vida – com o Deus – que renasce , cresce, fertiliza a terra, morre e renasce.
A Deusa contém o Deus em sua totalidade; Ela é a Terra e Ele é sua força, o princípio dinâmico e criativo que resplandece, definha e reacende. Eles se complementam e juntos representam a criação.

A seqüência do relacionamento da Deusa e do Deus é retratada pelos Sabbath´s. Para os celtas, o ano começava em Samhain, quando o Deus descia ao Mundo Subterrâneo e tornava-se o senhor de tudo o que escuro, oculto e misterioso. A Deusa era a Anciã, a senhora da magia, uma figura paradoxal, pois é, ao mesmo tempo viúva – capaz de compreender o sofrimento humano – e mãe – por carregar em seu ventre seu futuro filho como semente de luz.

Em Yule, o solstício de inverno, o Deus renasce, como filho divino da Deusa e de si mesmo. A Deusa, então assume a plenitude de seu aspecto de Mãe.

Em Imbolc, o Deus e a Deusa são jovens, cheios de vida e promessas e a natureza e a vida desabrocham.

Em Ostara, no equinócio de primavera, a natureza floresce e se rejubila na antecipação da união do Deus e da Deusa em Belthane. A Deusa como Donzela, abençoa e promove a fertilidade das plantas e da terra.
Em Belthane, o Deus e a Deusa celebram seu Casamento Sagrado, abençoando a fertilidade humana e animal.

Em Litha, toda a natureza frutifica. A Deusa está grávida com as plantações que serão colhidas em breve e o Deus está mudando sua face, que começa a tornar-se escura à medida que o Sol se distancia e a luz começa a diminuir.

Em Lammas, o Deus e a Deusa presidem sobre a colheita, mas ele se sacrifica, morrendo quando os grãos são colhidos. É seu sacrifício que vai alimentar a humanidade e oferecer as sementes para um novo plantio.

Em Mabon, A Deusa é uma Mãe amadurecida e sábia enquanto o Deus é apenas uma presença sutil, percebido nas celebrações das ultimas colheitas e nos preparativos para a aproximação da escuridão.

E o ciclo se fecha em Samhain, e recomeça novamente.

É evidente o tema do renascimento fertilidade, polaridade sexual e morte, repetindo-se de várias formas ao longo dos Festivais.

O Casamento Sagrado da Deusa e do Deus, não representa um incesto, embora ele seja, além de seu consorte, seu filho. É apenas a metáfora de um antigo costume perpetuado em várias culturas ao longo dos milênios, o da união do Rei com a Sacerdotisa para ativar a fertilidade da Terra. Anualmente, essa celebração pode ser simbólica, dedicada a nossa própria união interior, juntando as polaridades ou o subconsciente ao consciente. Visa-se não apenas a fertilidade física, mas principalmente a criatividade intelectual ou artística.

As celebrações dos Sabbath´s tem múltiplos e complexos significados, reverenciando a dualidade – Deus/Deusa, homem/mulher, vida/morte, transitório/permanente – e o ciclo das estações, além da passagem do tempo. Mas acima de tudo, os Sabbath´s celebram a alegria e o encontro da comunidade, podendo ser adaptados ou modificados conforme as condições locais, mas sempre respeitando a Tradição Antiga.
Texto retirado do livro "O Anuário da Grande Mãe", escrito por Mirella Faur

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá,me chamo Loren e a Bruxaria é minha religião e ideologia de vida.Fiquei intrigada com a música de fundo que vocÊs colocaram.Gostaria de perdir uma gentileza.Onde eu encontro esse música que fala de Diana?É isso?
Me desculpem alguma coisa,mas sinto que não vou sussegar enquanto não encontra-la,meu e-mail é lorenrodriguesn@hotmail.com
Beijos e bênçãos infinitas.

Anônimo disse...

É a Loren,mais uma vez...rs
Vim corrigir o e-mail que deixei aqui,este sim é o certo lorenrodriguesn@ig.com.br
Me confundi totalmente,desculpas.
Obrigada